Foto: Bruno Cantini / Atlético
O Clube Atlético Mineiro, por meio do seu Conselho Deliberativo, homenageou a escritora Adélia Prado com o Galo de Prata, comenda maior do clube.
A homenagem foi entregue no final da tarde desta quarta-feira (28/6), em sessão solene realizada no auditório Elias Kalil, na Sede de Lourdes.
Compuseram a mesa o presidente Daniel Nepomuceno, o presidente do Conselho Deliberativo, Rodolfo Gropen, o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Sérgio Sette Câmara, o conselheiro nato José Salvador Silva e o jornalista Fred Melo Paiva, que fez a saudação à homenageada.
Adélia Prado revelou ter sido surpreendida com o convite. “Levei um susto com essa história do Galo de Prata porque tudo começou com uma entrevista em que falei que torcia pelo Atlético. A coisa mais difícil que tem é você receber uma homenagem porque a homenagem te eleva a algo que você não é. Recebo com muita alegria essa homenagem, mas a coisa mais bonita que estou recendo aqui, e que também é a que mais me interessa, é o afeto. Não me sinto em uma sessão protocolar, mas afetiva. O Atlético já tem uma coisa a favor que é o nome do mascote. O nome Galo já tem, em si, um poder sonoro muito grande, é um símbolo muito bonito. Nada mais poético que escutar o canto do Galo de madrugada. Como disse João Cabral (de Melo Neto, escritor) o Galo dá licença para a manhã amanhecer. Agradeço a homenagem, em nome dos atleticanos da minha família, e vou guardá-la com muito carinho, assim como guardarei o fato de ter sido lembrada com tanta afeição”, disse Adélia Prado.
O presidente do Conselho Deliberativo, Rodolfo Gropen, falou da satisfação em homenagear a escritora. “Estou encantado e muito emocionado porque lutei muito para que tudo desse certo e a Adélia estivesse aqui para que pudéssemos celebrar a sua atleticanidade. É uma honra ter Adélia Prado como integrante da nossa torcida”, declarou Rodolfo Gropen.
GALERIA DE FOTOS DA HOMENAGEM
Fotos: Bruno Cantini / Atlético
Mineira de Divinópolis, Adélia Luzia Prado de Freitas nasceu em 13 de dezembro de 1935. Professora, filósofa, contista e poeta, como faz questão de ser chamada por não gostar da palavra poetisa, Adélia Prado foi professora e exerceu o magistério durante 24 anos, até que a carreira de escritora tornou-se a atividade central.
Adélia Prado recebeu importantes condecorações como o Prêmio Jabuti de Literatura 1978 (Poesia), Ordem do Mérito Cultural, Prêmio ABL de Literatura Infantojuvenil 2007, Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional 2010, Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte 2010, The Griffin Trust for Excellence in Poetry Lifetime Recognition Award 2014 (Canadá), Prêmio Minas Gerais de Literatura 2016 e Prêmio Clarice Lispector 2016, entre outras.
Em 2013, ao lançar a obra Miserere, foi considerada pela crítica especializada a maior poeta brasileira viva, ao lado dos saudosos Manoel de Barros e Ferreira Gullar.
