A torcida do Galo jamais esquecerá a noite do dia 30 de maio de 2013, quando o goleiro Victor fez a defesa que ficou conhecida como “O Milagre do Horto”.
Para celebrar a data, torcedores criaram o Dia de São Victor do Horto, comemorado anualmente em 30 de maio.
Era noite de Libertadores, jogo de volta das quartas de final, contra o Tijuana. A primeira partida, em solo mexicano, terminou com o placar de 2 a 2 e o confronto na Arena Independência estava empatado por 1 a 1, resultado que garantia a classificação do Galo para as semifinais. Nos instantes finais, o árbitro assinalou pênalti para o Tijuana, para desespero da Massa Atleticana.
No momento em que o colombiano Riascos correu em direção à bola para cobrar o pênalti que poderia decretar a eliminação alvinegra, os corações atleticanos não queriam mais bater, mas Victor teimou em reanimá-los com uma defesa cinematográfica, feita com o pé esquerdo, momento que decretou a arrancada do Atlético rumo ao título da competição.
A emoção do momento foi tamanha que motivou um livro e um curta-metragem específicos sobre o lance, além de ter aumentado o número de crianças registradas em Belo Horizonte com o nome do ídolo.
“Faz quatro anos, mas as lembranças são muito recentes e muito fortes, não só na minha cabeça como na memória do torcedor atleticano. Todo mundo fala que, no Atlético, você entra funcionário e vira torcedor e essa é uma grande verdade. Hoje, me considero um grande torcedor do Atlético, respiro isso aqui, vivo isso aqui, sofro demais nas derrotas e vibro demais nas vitórias, então, sou feliz por ter essa identificação e por servir de referência para as novas gerações de atleticanos”, destaca o ídolo alvinegro.
Victor descreve algumas situações inusitadas que viveu em razão da idolatria do torcedor atleticano.
“Já vi torcedores tatuando momento da defesa, tatuando meu autógrafo, a questão dos nomes de crianças, algumas situações em que o torcedor veio abraçar meu pé esquerdo. Outro dia, no aeroporto, no meio daquela multidão, um torcedor se abaixou e começou a abraçar o meu pé esquerdo. Sou um pouco tímido para esse tipo de situação, fico meio sem jeito, mas reconheço o carinho, essa idolatria. Talvez não consiga dimensionar o tamanho que esse momento e essa defesa representaram para a história do clube, mas sei que foi algo importante e o torcedor reconhece isso, e reconhece também todo o trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo de cinco anos aqui no Atlético, uma história de sucesso, vitórias e conquistas, minha e dos demais companheiros”, comenta.
A chuteira utilizada por Victor na ocasião do Milagre do Horto está em exposição permanente no Memorial da Sede de Lourdes, aberto 24 horas por dia.