Promovido ao time profissional pelo técnico Dorival Júnior, o jovem meia Bernard espera superar os obstáculos e conquistar uma vaga na equipe. Para isso, ele espera apresentar um bom futebol nos treinamentos, conciliando respeito aos atletas mais experientes com uma boa dose de ousadia.
Ao centro, Bernard almeja conquistar espaço na equipe atleticana.
Foto: Bruno Cantini
Promovido ao time profissional pelo técnico Dorival Júnior, o jovem meia Bernard espera superar os obstáculos e conquistar uma vaga na equipe. Para isso, ele espera apresentar um bom futebol nos treinamentos, conciliando respeito aos atletas mais experientes com uma boa dose de ousadia.
1 – Como está sendo a sua adaptação à rotina da equipe profissional?
“A adaptação está sendo boa. Eu já vinha fazendo alguns trabalhos com o profissional no ano passado, subia de vez em quando para treinar, mas, agora, é em definitivo e vou trabalhar forte para ter chance de jogar”.
2 – Como e quando você chegou ao Atlético?
“Fiz dois testes em uma semana e consegui ser aprovado. Foi no final de 2006, para a categoria pré-infantil. Aí, fiquei algum tempo sem ter muita oportunidade até que cheguei no juvenil e o Diogo Giacomini me deu uma oportunidade que consegui aproveitar”.
3 – Você nasceu em Belo Horizonte. Sonhava em jogar pelo Atlético?
“É sempre grande o sonho de jogar em uma equipe como o Atlético, com a torcida que tem e o nome que tem no cenário nacional. A felicidade foi muito grande quando passei no teste, até porque tem muitos atleticanos na minha família”.
4 – Qual foi a importância de sua passagem pelo Democrata-SL?
“A importância foi grande porque enfrentamos equipes experientes, com jogadores rodados, e isso me deu uma experiência muito boa, o que me ajudou bastante”.
5 – O técnico Dorival Júnior disse que ninguém tem cadeira cativa entre os titulares. Você espera conquistar uma vaga na equipe durante a temporada?
“Isso nos dá mais força para lutar por uma vaga na equipe. A gente trabalha forte na base com o objetivo de subir para o profissional, chega aqui e tenta fazer o mesmo trabalho forte para poder aparecer a chance. Se essa oportunidade aparecer, vou ficar muito feliz e tentar agarrá-la de qualquer jeito”.
6 – Como foi a sua passagem pelas categorias de base?
“Tive alguns momentos difíceis, mas também tive boas atuações e grandes vitórias, como os títulos do Campeonato Mineiro do ano passado, pelo time júnior, e a Taça BH, em 2009”.
7 – Como você ficou sabendo que seria promovido e qual foi a sua reação no momento? E a reação da sua família?
“No final do ano passado, eu estava aqui na Cidade do Galo, subindo para o campo 4 para treinar com a equipe do Democrata-SL. Aí, na hora do aquecimento, o André Figueiredo (gerente geral das categorias de base do Atlético) me chamou e disse que não era para eu treinar porque eu iria treinar à tarde com Dorival porque ele havia me efetivado no profissional. Na hora, a felicidade foi muito grande. Meu pai também ficou muito feliz porque a alegria dele é me ver jogando no profissional, tanto dele como da família inteira. Então, a família toda me apoiou e esteve do meu lado, como também esteve no começo, o que me deu mais tranquilidade”.
8 – Qual é a sua visão da Massa Atleticana?
“A torcida do Galo é de arrepiar, é uma torcida enorme, que lota os estádios e sempre acompanha o time. O Atlético estando em situação boa ou ruim, ela está sempre junto, apoiando, e isso é uma camisa 12 dentro do campo”.
9 – Como está sendo treinar ao lado de tantos jogadores consagrados?
“São grandes nomes que o Atlético tem no elenco e jogar ao lado deles é o grande sonho do jogador que vem das categorias de base. São jogadores que eu via na televisão e pensava em jogar junto com eles. Isso dá mais força e, dando mais força, a gente tenta fazer um trabalho forte para o professor Dorival ver e nos colocar para atuar. Respeitamos muito esses jogadores pelo que eles representam no futebol, mas não pode faltar ousadia da nossa parte, temos que arriscar um drible, uma jogada. A gente respeita, mas não pode ficar com medo”.
10 – O técnico Dorival Júnior teve alguma conversa com você?
“Não, ele só chamou os quatro meninos que subiram da base e falou apenas que a gente precisava se adaptar e se sentir bem no grupo para poder continuar o trabalho certo que a gente vinha fazendo”.
11 – Quais são as suas principais características?
“Sou um jogador bastante veloz e que gosta de partir para cima, arriscar um drible, um chute. Também tenho um bom domínio, bom passe e infiltro bem as bolas para os atacantes”.
12 – Quais são os seus ídolos no futebol?
“Gosto muito de ver o Rooney e o Messi jogarem. São jogadores velozes, baixos, mais ou menos da minha estatura e que têm velocidade. Então, gosto de vê-los jogar para poder aprender um pouco. Também gosto de ver o Dario Conca jogar, é um jogador veloz, inteligente e que persiste muito”.
13 – Como foi a recepção dos jogadores? Algum deles conversou com você, deu algum tipo de conselho?
“Foi bastante tranquila. O Réver, o Leonardo Silva e o Zé Luis conversaram comigo e falaram para eu não perder a oportunidade que eu estava tendo por se tratar de um clube como o Atlético, com a estrutura que tem. Então, eles disseram que era para eu aproveitar ao máximo tudo isso”.
14 – Qual foi o jogo recente do Atlético que mais te marcou?
“Foi a vitória por 3 a 2 sobre o Santos, no ano passado, no Mineirão, pela Copa do Brasil. Aquele jogo foi bastante emocionante porque a torcida vibrou muito, chamou o time e o Galo conseguiu vencer”.
15 – O que a Massa Atleticana pode esperar do Bernard quando ele estiver em campo?
“A torcida do Galo pode esperar um jogador que vai lutar pela camisa, vai dar sangue pelo Atlético e vai persistir muito”.